Foto: Pâmela Rubin Matge (Diário)
Derrubada da árvore levou cerca de seis horas
Uma antiga e conhecida árvore, que fica em um terreno particular da Avenida Presidente Vargas, foi derrubada neste domingo. A tipuana com cerca de 550m³, espécie originária da Bolívia e norte da Argentina, já foi alvo de polêmica e manifestações de protecionistas ambientais.
Segundo operários da Guimarães Jardinagem, que atuaram na derrubada da árvore, todo o serviço levou cerca de seis horas. Pouco antes das 8h, o local foi isolado, bem como o Departamento Municipal de Trânsito (DMT) bloqueou trânsito da avenida entre as ruas Duque de Caxias e Serafim Valandro, no sentido bairro-centro, das 8 às 13h.
A poda começou pelos galhos periféricos e, por último, o corte da base da árvore. Segundo os trabalhadores, o tronco principal tombou por volta das 13h15min e pesava cerca de duas toneladas.
Pedro, um dos homens que estava no local e que se apresentou como responsável pelo serviço, sem querer informar o sobrenome, enfatizou o fato de a árvore estar em uma área particular.
_ Estamos aqui a serviço de uma empresa e está tudo licenciado _ disse Pedro, fechando o portão que isola o terreno da calçada, segundos depois.
Novas regras pretendem agilizar a licença ambiental
Foto: Pâmela Rubin Matge (Diário)
Trecho da Avenida Presidente Vargas ficou com trânsito interrompido das 8h às 13h
POLÊMICA
Ainda neste domingo, um grupo intitulado Pró Árvores SM, encampado pelo fotógrafo Marcelo Almeida, 46 anos, e pela empresária Aline Rosa do Nascimento, 34, pretende cobrar providências do Legislativo e do Executivo e confirmar a legalidade da derrubada.
_ Queremos pedir um laudo de outro engenheiro para ver se o ato foi legal e saber o motivo. É uma tipuana quase centenária, as raízes não estavam comprometendo a calçada. Queremos saber se haverá replantio e onde. Também queremos atrair ambientalistas sobre este problema, de Santa Maria ser tão quente e ter poucas árvores.
De acordo com a Superintendência de Comunicação da prefeitura, a empresa que comprou a área onde estava a árvore apresentou documentação junto à prefeitura e os processos para a derrubada foram legalizados, passando, inclusive, pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Condema).
Em outubro, a prefeitura retomou a discussão acerca de um Plano Municipal de Arborização, cujo projeto foi elaborado em 2011. O plano prevê a reposição vegetal de Santa Maria estabelecer regras para o plantio de árvores em ruas e avenidas.
Segundo o Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BM), que acompanhou o serviço ao longo da manhã, foram apresentados alvarás de licenciamento.